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Pokémon GO. Abre caça aos negócios

Publicado em Jornal i
Este jogo é já um fenómeno de sucesso e o que não falta são ideias para conseguir ganhar dinheiro extra à conta da febre em que se transformou esta caça aos Pokémons.

O Pokémon Go é o primeiro jogo da Nintendo para Android e para iOS e, em poucos dias, virou o mundo do avesso com a possibilidade que dá de apanhar Pokémons no mundo real. Não faltam adeptos em todo o mundo, nem ideias que permitem ganhar dinheiro. Aliás, os negócios em torno da caça dos Pokémons têm vindo a multiplicar-se, assim como o número de downloads que são feitos.As ideias para ganhar com este fenómeno vão de passeios de tuk tuk, hotéis onde é possível capturar Pokémons, a serviços de táxi pensados de propósito para o efeito.Prova disso é o facto de o portal de classificados OLX ter sido invadido por anúncios relacionados com este jogo. Em apenas uma semana, a plataforma garante ter verificado um aumento de 419% de anúncios relativos à aplicação Pokémon Go.Pode encontrar-se de tudo. Os “Taxis Pokémon Go”, por exemplo, permitem ter motoristas para as caçadas. E há para todos os gostos, sendo possível escolher carro, barco e até tuk tuk.
A oferta dos taxistas foi das primeiras a aparecer no OLX. Com os motoristas dispostos a fazer todas as paragens necessárias e a fazer a viagem a baixa velocidade, há carros que oferecem ainda a possibilidade de carregar o telemóvel e disponibilizam ligação à internet. Uma hora deste serviço custa em média 30 euros.
Mas, como dissemos, as ofertas são várias. Por 40 euros pode escolher passear de barco no rio Tejo e aqui existe a possibilidade de parar nos ginásios que quiser. O cliente só tem de escolher os locais onde quer que sejam feitas as paragens.
Com milhares de pessoas nas ruas a “caçar”, também já há quem se ofereça para “passear” os Pokémons e até para “chocar os ovos”. Pode não acreditar, mas há quem já tenha encontrado aqui mais uma forma de ganhar um dinheiro extra. Em Setúbal existe quem se ofereça para “chocar os ovos” de outros utilizadores, sendo que, para isso, cobra três euros por um ovo de dois quilómetros, sete euros por um de cinco e 10 euros por um de 10 quilómetros. Isto porque é necessário caminhar exatamente esse número de quilómetros.
Hotéis aderem à moda Tendo em conta a dimensão do fenómeno, quer em Portugal, quer no resto do mundo, vários empresários já começaram a desenhar estratégias para aproveitar todo o potencial que este jogo tem. Com as pessoas disponíveis para sair mais à rua, já há hotéis dispostos a abrirem as portas para que os jogadores possam explorar o espaço e encontrar Pokémons. Acima de tudo, é possível ficar a conhecer todo o espaço, a piscina, o restaurante e até o bar. Atrair potenciais clientes através de um jogo que promete continuar a dar que falar é, aliás, uma das novas apostas.
Cada vez mais espaços apostam nesta dinâmica e, por isso, a Trivago – motor de busca e comparação de preços de hóteis – fez uma lista dos hotéis nacionais que já se viraram para este fenómeno. Entre este lote de hotéis aparecem o Hotel do Parque, em Braga, o Pestana Porto Vintage, no Porto, e o Real Parque, em Lisboa.
Esta tentativa de lucrar com este fenómeno mundial começou desde cedo. Nos EUA, uma pizzaria, em Nova Iorque, por exemplo, viu as vendas crescerem 75% num fim de semana, depois de utilizar a funcionalidade “módulo de atração” para chamar o Pokémon virtual ao estabelecimento.
No Japão, os restaurantes da McDonald’s são ginásios, locais onde acontecem os treinos e combates. As ações ganharam 22,92% em apenas alguns dias.
Todos querem Pokémons Milhões de pessoas já aderiram a este fenómeno. Andar pelas ruas à procura de Pokémons é agora normal, mesmo que seja em cemitérios ou restaurantes. Mas nem só da procura nas ruas se compõe a loucura que o jogo trouxe. Há cada vez mais pessoas que procuram tudo o que tem a ver com Pokémons na Internet. Nos EUA, por exemplo, as vendas de objetos ligados a este tema cresceram 91% em apenas alguns dias.
A verdade é que o jogo promete continuar a dar que falar e a conquistar cada vez mais adeptos. De acordo com um estudo da Elife – empresa de Inteligência de Mercado e Gestão de Relacionamento nas Redes Sociais  -, nos EUA o jogo já gerou mais tweets que o Brexit ou o Euro 2016. Os dados recolhidos mostram ainda que “um jogador do Pokémon GO gasta mais tempo no jogo do que no Facebook, Instagram ou Snapchat. Em média, um internauta passa 33 minutos diários a jogar Pókemon Go, mais 11 minutos do que aqueles que despende diariamente na rede de Mark Zuckerberg.

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