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A era das Máquinas Inteligentes!

O mundo dos negócios deve estar muito atento ao movimento dos ‘home assistants’, porque sempre que se criam novas plataformas digitais há uma série de violentos abalos sísmicos que as acompanha.

Há uns 25 anos atrás, nos bons tempos de estudante, encontrei o livro “Eu, Robot”, de Isaac Asimov. Era o meu primeiro ano na Universidade e procurava um tema para a minha iniciação científica. Após a leitura de Asimov e dos seus psicólogos de robôs, não tive dúvidas. Fui à procura de um orientador na área de Inteligência Artificial e, desde então, nunca mais a perdi de vista. Passado este tempo, eis que chegamos ao ponto de ebulição do tema: a computação inteligente é notícia em vários meios de comunicação e foco principal das maiores empresas de software do mundo.
Se pararmos para analisar mais profundamente os filmes, livros e o nosso leque cultural do século XX e XXI, constatamos que artistas e cientistas têm preparado a humanidade para este momento. O sonho das máquinas omniscientes já existe desde o tempo dos gregos – lembram-se do oráculo? Além disso, diz-se que a realidade imita a ficção e, aqui, parece ser mesmo esse o caso.
O que vimos até agora, deste admirável mundo novo, é uma mistura de muitas promessas. Algumas, admito, mirabolantes, mas também muitos produtos já no mercado vão-nos indicando que uma mudança radical nas máquinas está de facto a acontecer. Falar com telemóveis, computadores e home assistants lançados no ano passado nos EUA, Reino Unido e Alemanha já não é uma coisa para loucos. Hoje, qualquer um pode dizer um “ok, google”, “Siri” ou “Alexa” e iniciar um diálogo básico com estes dispositivos inteligentes. O mais importante é que as pessoas parecem gostar da ideia de poder, ao mesmo tempo que cozinham ou fazem ioga, controlar a TV, a música ou a iluminação da casa. As grandes empresas de software como a Amazon, Google e Apple estão de olho na criação de novas plataformas ainda mais omnipresentes/omnipotentes/omniscientes do que os telemóveis. E, ao que parece, os home assistants podem ser esta nova bala de prata.

O mundo dos negócios, em particular, deve estar muito atento a este movimento, porque sempre que se criam novas plataformas digitais há uma série de violentos abalos sísmicos que as acompanha e, de repente, a Amazon absorve o Whole Foods num belo dia de verão em Seattle ou a Netflix torna-se a maior empresa de media do mundo para o horror dos burocratas do festival de Cannes. Se a aposta nos home assistants der certo, imediatamente os consumidores de todo o mundo vão pedir uma pizza ou champô, chamar um Uber ou ouvir rádio enquanto tomam um duche. Tal como no caso da chegada do e-commerce, todas as indústrias precisam de estar preparadas para estarem presentes nestas plataformas.
Existem ainda outros exemplos e estão fortemente documentados nos meios de comunicação: diagnósticos médicos automáticos, reconhecimento de imagens, carros autónomos, entre outros. A lista é longa e é impossível prever corretamente os impactos que terão na sociedade. Entretanto, ao contratar uma boa empresa global de consultoria no tema, é perfeitamente factível acompanhar as novidades e, assim, adaptar-se às mudanças que chegarão cada vez mais rápido ao mercado.

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Jairson Vitorino, CTO da Elife, no  Jornal Económico

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