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TikTok: As marcas já lá estão, quer queiram quer não

Em maio passado tivemos acesso aos dados de utilizadores de TikTok em Portugal. Sabemos que o ano foi atípico e a quarenta potenciou o uso de plataformas digitais, mas ainda assim os número impressionaram, e muito.
Com um crescimento, desde o início do ano, superior a 30%, o TikTok contava, em maio último, com 1 milhão e 700 mil utilizadores e a tendência seria manter esse aumento, pois só em 2 meses havia conquistado meio milhão de novos utilizadores no nosso país.
Com este potencial de alcance, estava a contar que as marcas procurassem desenfreadamente, junto das suas agências, um plano de atuação para a sua presença neste canal, mas até agora são poucas as que “oficialmente” por lá andam.
A história repete-se.
Em 2008 comecei a trabalhar com social media, mais concretamente com monitorização de redes sociais. Os nossos clientes começaram por ser só grandes empresas que queriam entender o que é que os consumidores publicavam sobre elas, sobre os seus produtos e serviços, nestes “novos” espaços de debate públicos onde elas não tinham presença.
Começaram por estranhar, duvidar da relevância, alguns até rejeitaram, com arrogância, os insights que lhes levávamos por descrédito na fonte: as redes sociais. Mas, aos poucos, maioritariamente alavancados com experiências negativas de utilizadores ou mesmo, em alguns casos, com crises bem sérias e públicas, foram respeitando estes canais e, hoje, o trabalho que é feito nas redes sociais tem o aval e muitas vezes o “dedo” de administradores e CEO’s.
Chega o TikTok e a confusão volta a instalar-se. 
Uma plataforma que carrega por si só alguns preconceitos pela origem da mesma e/ou destino e fim dados aos conteúdos que nela são publicados. A somar a isso está a sua natureza e características: conteúdos gerados por utilizadores dos 8 aos 80,  espontaneidade, imitação, produções com esforço mínimo/caseiras, humor e um curtíssimo  ciclo de vida dos conteúdos… tudo características difíceis de contornar por marcas que definem os seus planos e objetivos de comunicação e budgets anualmente, com planos táticos que são revisitados mensalmente e que não sabem lidar bem com tanta improvisação.
É verdade que a Covid 19 veio aguçar as capacidades de improviso, mas passada a quarentena, voltamos a ver o marketing a “sentar-se”na cadeira giratória e a fazer o seu trabalho ao seu ritmo.
Enganem-se se pensam que estão imunes ao TikTok! As vossas marcas, os vossos colaboradores e os vossos produtos estão todos os dias no feed desta rede social e há que estar bem atento ao impacto que essa exposição traz. Nunca irão controlar nada, assim como não controlam nenhuma outra rede social, mas, é importante não ignorarem e ficarem atentos para retirarem o melhor do que aqui se partilha: insights valiosos sobre o vosso público-alvo e os vossos colaboradores.
 
 
 
Opinião de Joana Carravilla no Imagens de Marca.

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