Se até há bem pouco tempo os assistentes de voz ainda davam os seus primeiros passos (a Siri foi lançada em 2011 e só em 2019 a Alexa ganhou a sua versão em língua portuguesa), para os próximos anos, a previsão é a de um crescimento expressivo na área.
Segundo o diretor da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial), José Muratori, o isolamento social fez com que as pessoas olhassem mais para casa, o que incentivou a adoção de novas tecnologias que ajudassem no dia a dia. Além disso, as novas versões e as opções mais acessíveis também foram um fator positivo.
Crescimento do interesse por Amazon Alexa e Google Assistente no Brasil e em Portugal
Para exemplificar o que estamos a falar, basta comparar no Google Trends o aumento exponencial nas pesquisas sobre o tema. Em Portugal, o fator que mais estimulou o mercado de assistentes de voz foi o lançamento do Google Assistente em português de Portugal, que aconteceu a 14/11/2019. No período de 10 a 14/11/2019 houve um aumento repentino de buscas sobre a novidade.
O Natal registou-se como o pico de interesse pelos assistentes de voz, sendo o período de 22 a 28/11/2019 o segundo maior pico para Amazon Alexa e Google Assistente.
Já no Brasil, em 2020, as buscas pela Alexa foram as maiores desde 2016, sendo o pico no período de 20 a 26/12/20. Ou seja, assim como em Portugal, os assistentes de voz tiveram destaque como uma opção de presente de Natal. No ano anterior, em 2019, o Google Assistente ficou empatado com a Alexa, mas em 2020 ela ultrapassou-o.
A segunda data que gerou mais buscas sobre a Amazon Alexa no Brasil foi a Black Friday, de 22 a 28/12/20.
O que podemos esperar desse mercado?
Considerando que o Google Assistente e a Alexa ganharam a sua versão em português recentemente, ainda há muito a expandir se olharmos para países onde o uso da voz está mais consolidado. Nos EUA, segundo o Insider Intelligence, a expectativa é que 40,2% da população use assistentes de voz já no próximo ano 2022.
De referir que, mesmo com uma presença menor nas residências, o potencial é tanto que o português do Brasil é a segunda língua mais popular do Google Assistente.
Como os assistentes de voz podem fazer parte da experiência do cliente?
Desde ativar sistemas de segurança até tocar a sua música preferida, os assistentes tornaram-se importantes na nossa rotina e mudaram a forma como as pessoas se relacionam com a tecnologia. O que nos faz pensar que daqui a alguns anos iremos perguntar, assim como no anúncio do Superbowl, como era viver antes da Alexa?
Quanto mais os assistentes otimizam o nosso dia a dia, mais próxima se torna essa relação. Neste sentido, existe um grande espaço para as marcas atuarem na resolução de problemas/exigências por parte dos seus consumidores. Tanto, que elas podem aumentar o seu mindshare dessa forma.
Para criar o seu próprio comando de voz nos assistentes é preciso desenvolver uma skill, no caso da Alexa, ou action do Google Assistente. Fazendo um paralelo com os smartphones, elas seriam comparadas às aplicações, uma funcionalidade criada para algum fim.
E como desenvolver uma skill ou action que tenha valor para o seu cliente? O primeiro passo é pensar qual o problema do dia a dia que pode ser resolvido através delas ou de que forma é possível facilitar alguma atividade rotineira. As possibilidades são infinitas e enumeramos algumas inspirações de como marcas estão a atuar:
No Google Assistente pode:
- Ouvir dicas na action da Glad (marca de potes) sobre como armazenar alimentos e a validade deles;
- Pedir para assistir aos seus episódios favoritos da Netflix;
- Abrir ou fechar a porta de carros da marca Chevrolet.
Na Alexa pode:
- Abrir uma meditação na skill da Natura;
- Ouvir as últimas notícias da Veja;
- Ligar as luzes da sala se a casa tiver lâmpadas inteligentes da Philips.
Outra funcionalidade possível é pedir a sua rádio preferida na skill que a Elife Brasil desenvolveu para a Jovem Pan.
Se também quer iniciar a jornada da sua marca no mundo dos assistentes de voz, confira o webinar sobre o tema e conte com a nossa equipa de especialistas em Customer Experience.